O negócio
Esta é a primeira vez que escrevo num blog. Bem... para tudo haverá uma primeira vez mas, para a maioria das coisas iniciadas, a continuidade é fundamental para lhes dar consistência e importância. Tentarei assim ser um participante activo, tanto quanto me seja permitido pelos meus negócios.
É curiosa esta última palavra... Negócio. A sua raiz etimológica remonta aos romanos, cujas classes abastadas dedicavam-se às artes, às letras e a outras actividades que lhes dessem prazer. Não necessitavam de trabalhar uma vez que para tais trabalhos servis possuíam escravos. Às suas actividades agradáveis davam o nome de otium, ou seja, ócio. Ao trabalho duro, manual e artesenal dos escravos chamavam de nec otium, ou seja, "não ócio", aquilo em que se ocupa quem não tem tempo livre para gastar em prazeres. Negócio é, portanto, uma palavra com uma origem aviltante.
Infelizmente, eu sou daqueles escravos que tem mais negócios que ócios. Só é pena que os negócios em que me ocupo não me dêm o retorno que esta palavra (mentirosa, falsa e descarada!) parece dar a entender a quem a ouve, assim, de rompante.
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