A polémica do anonimato e MST
O primeiro post publicado aqui n' A Matriz (já que
o anterior foi uma espécie de apresentação) foi um elogio contrariado (e algo exagerado) ao Miguel Sousa Tavares (MST), para que percebam porquê aqui o transcrevo:
"Não vou com a cara do Miguel Sousa Tavares. Acho-o arrogante. Tem ar-de-que-tem-a-mania-que-é-bom. É do F.C. Porto. Tem sotaque de tripeiro e faz por não disfarçar que tem. Tem sempre aquele ar um bocado pedante de quem se acha superior e mais inteligente. É um pouco grosseiro e nada simpático. Pronto. Agora que já disse tudo o que tinha a dizer sobre o que penso do Miguel Sousa Tavares, posso dizer o seguinte: o romance "Equador" de Miguel Sousa Tavares é um livro muito bom. Recomendo a sua leitura. Uma obra ao nível dos "Maias" de Eça de Queiroz. Acho que é um bom elogio a um trabalho, vindo de quem vem."
É muito curioso que justamente no momento em que tento reanimar A Matriz, este assunto esteja a ser tão badalado na Blogosfera e até nos jornais, o que indica a cada vez maior importância que a blogosfera vai tendo, para desânimo de algumas mentes mais... conservadoras, chamemos-lhe assim.
A mim parece-me que a acusação, anónima, é feita com alguma má fé e com algum exagero, pois a obra está aí, e MST inclui o livro que supostamente "plagiou" na bibliografia. E MST pode ter muitos defeitos (ver transcrição acima), mas estúpido não me parece ser um deles. No entanto, tal como refere a Revista Visão (na edição 712), a sua reacção a isto tudo não terá sido a mais elegante, tendo sido transcrita nas páginas do 24 Horas, aquele jornal especializado em colocar "temas edificantes" na primeira página como a reacção de MST e, para citar outro exemplo, o bidé da Merche Romero. Adiante.
Para quem não está a par desta polémica (caso não leiam blogues ou o 24 Horas) recomendo o resumo de toda a confusão neste post do JCD no Blasfémias.
E para quem quiser ler uma opinião sensata e imparcial (na minha modesta opinião) sobre esta história do anonimato e dos blogues que tem gerado tantas virgens ofendidas, recomendo a leitura do Portfólio de Manuel António Pina na Visão desta semana (Pág. 102 Edição 713). Vale a pena lê-la e divulgá-la na net. Se tiver tempo (e a Visão e o Manuel Pina não se importarem de que eu os "plagie") talvez coloque aqui esse texto ainda.
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