sexta-feira, outubro 24, 2003

Instrumentos de tortura – O Garrote

Existem basicamente duas versões deste instrumento quase lendário:

Um tipicamente espanhol, no qual um parafuso faz retroceder a argola de ferro, matando a vítima apenas por asfixia. Este é o modelo da foto que foi adquirido num mercado de antiguidades da Catalunha.

Pormenor do garrote

Outro modelo, neste caso catalão, é basicamente igual com a única diferença de possuir um punção de ferro que penetra na carne e quebra as vértebras cervicais, ao mesmo tempo que empurra todo o pescoço para a frente, esmagando a traqueia contra a argola fixa, matando assim, tanto por asfixia como por lenta destruição da espinal medula. A agonia pode ser prolongada, dependendo do humor do verdugo.

Garrote Espanhol

O primeiro tipo foi usado em Espanha, até à morte de Franco, em 1975, altura em que foi abolida a pena capital.O segundo tipo, usado até aos inícios do século XX na Catalunha e nalguns lugares da América Latina, ainda se utiliza no Novo Mundo, sobretudo para tortura policial, mas também para execuções.


Considera-se que o exemplar fotografado seja originário da cidade de Ripoll. Em meados de 1880, instalou-se ali um garrote do primeiro tipo. Esteve anos depositado num sótão da Câmara Municipal, de onde terá saído para o mercado de antiguidades.


Informações sobre a origem, autoria e motivação da publicação deste post, aqui.

sexta-feira, outubro 17, 2003

O negócio

Esta é a primeira vez que escrevo num blog. Bem... para tudo haverá uma primeira vez mas, para a maioria das coisas iniciadas, a continuidade é fundamental para lhes dar consistência e importância. Tentarei assim ser um participante activo, tanto quanto me seja permitido pelos meus negócios.

É curiosa esta última palavra... Negócio. A sua raiz etimológica remonta aos romanos, cujas classes abastadas dedicavam-se às artes, às letras e a outras actividades que lhes dessem prazer. Não necessitavam de trabalhar uma vez que para tais trabalhos servis possuíam escravos. Às suas actividades agradáveis davam o nome de otium, ou seja, ócio. Ao trabalho duro, manual e artesenal dos escravos chamavam de nec otium, ou seja, "não ócio", aquilo em que se ocupa quem não tem tempo livre para gastar em prazeres. Negócio é, portanto, uma palavra com uma origem aviltante.

Infelizmente, eu sou daqueles escravos que tem mais negócios que ócios. Só é pena que os negócios em que me ocupo não me dêm o retorno que esta palavra (mentirosa, falsa e descarada!) parece dar a entender a quem a ouve, assim, de rompante.

terça-feira, outubro 14, 2003

Dedicado a JCD

Estes dois últimos posts foram em homenagem a JCD devido às suas belas fotos sobre o mesmo tema.

Arrentela

Arrentela

Rio Judeu

Rio Judeu

quarta-feira, outubro 08, 2003

Circus Pedrosus

As televisões estão desde toda a tarde a acompanhar em directo a libertação de Paulo Pedroso depois da revogação da prisão preventiva pelo Tribunal da Relação de Lisboa.
Com pilhas e pilhas de comentários e comentadores de todo o género, grau e feitio.
Fui tentando ver até às 19h e tal.
Resolvi mudar para o canal História e ver um documentário sobre a história do antigo Egipto, desde os primeiros faraós.
Muito melhor.
Estes ao menos estão todos mortos e a chance de dizerem tantos disparates como os outros é nula.
Ahhhh, que alívio!.....

Nerias: O terceiro elemento

Após duras negociações e depois de muita persuasão e comprimidos vermelhos enfiados pela goela abaixo acabo de libertar mais uma mente adormecida.

É com bastante regozijo que anuncio e ao mesmo tempo dou as boas vindas a um novo elemento d' A Matriz. Dentro em breve passará a ser um postador activo (mais que os restantes, assim espero).

segunda-feira, outubro 06, 2003

Dedicado a Joaquim Varela

O Joaquim Varela do desBlogueador de conversa tem o hábito, comum a muitos benfiquistas, de chamar ao Novo Estádio de Alvalade o mega-urinol.

Penso que esta alcunha se deve ao facto de que a nova casa dos leões é um estádio fora dos padrões comuns. Outra coisa não seria de esperar dum clube que está sempre um passo à frente dos outros, e cujo lema é "ser do Sporting é ser diferente".

O novo estádio da luz, pelo contrário, insere-se na categoria "Igual a todos os outros". Embora o aspecto da estrutura metálica, seja um pouco estranho e sempre que eu olho para aquilo só me vem à mente uma rede de apanhar moscas.

Vejam lá se eu não tenho razão:

Rede apanha moscas

Isto intrigava-me um pouco até que finalmente tive oportunidade de ver uma foto do interior do estádio e então percebi tudo.

Penso portanto que em resposta à alcunha de mega-urinol para o estádio José Alvalade, a alcunha do novo estádio da luz só pode ser uma...

Mega-cagadeira

Ó Varela toma e embrulha!